Lendas da nossa terra
Já pouco se fala de lendas nos nossos dias, caíram no esquecimento. A realidade de um quotidiano stressado e materializado pela vida moderna, não deixa lugar para a mística, para o sonho. As lendas são uma herança de beleza que nos ficou do passado e que sendo verdadeiras ou falsas, nos transportam para um mundo de sonho,libertando a nossa imaginação e criatividade.
Lenda do Rio Ave
Diz-se que certo dia, chegou à Serra da Agra uma moça vinda dos lados de Espanha. Desenvolta, jovem e bonita chegou à fronteira, que praticamente não existia, deixou-se ficar com o seu rebanho de cabras, na bela paisagem que a encantava.
Diz a lenda que um cavaleiro muito elegante, numa manhã de Sol quando caçava com outros caçadores pelas redondezas ficou como que maravilhado diante da moça pastora. Cumprimentou-a ternamente:
- Bom dia, linda Cabreira… Tens a luz do Sol no teu olhar.
Ela sorriu, envergonhada e respondeu com voz trémula:
- É dos vossos olhos, Senhor… Eu não valho o vosso cumprimento…
Então o cavalheiro faz sinal aos seus companheiros para se afastarem e desmontou devagar do cavalo, com um sorriso de promessas:
- Ouve, linda Cabreira… por ti, e só por ti, vou abandonar a caça e ficar neste local… para te adorar!
Assim começou mais um romance de Amor, que durou horas, dias, talvez semanas…Cavaleiro e Donzela trocaram as suas juras, como se só eles existissem no Mundo ali os dois sozinhos, recolhidos num recanto paradisíaco da Serra da Agra.
Mas tudo tem um fim, diz o Povo e a Verdade. Em certo momento o Cavaleiro lembrou-se que tinha de partir.
Obrigações importantes esperavam-no decerto:
- Escuta minha bem amada…
Eu vou, mas voltarei o mais rapidamente possível. Já não posso viver sem ti.
Triste, suspirando, ela apenas confessou:
-Nem sequer sei quem sois… Como vos chamais…
Ele riu, dominador e feliz.
-Pouco importa… Sou o Homem que tu amas e te ama…
Mas se queres saber mais, digo-te que sou o Conde de uma vila próxima que virei buscar-te em breve para o meu palácio. Espera por mim!
-Esperarei até ao fim da minha vida.
E esperou, na verdade, até se secar quase morta de fome e de cansaço e de frio (e de desilusão, também)!
- Preciso de o encontrar, de o encontrar de novo… nem que para isso tenha de ser ave e voar…
E chorou. Chorou tanto, tanto, que o caudal das suas lágrimas se transformou depois num rio e esse rio foi banhar a Terra daquele que a abandonou: “Vila do Conde”.
E o bom Povo quis perpetuar para sempre, com toda a justiça, o amor desgostoso da moça pastora.
Por isso, deu à Serra onde ela vivera a sua grande paixão o nome de Serra da Cabreira e já que ela queria ser ave e voar passou a chamar ao rio de Vila do Conde o Rio Ave…
15.12.08
Lenda do Penedo da Grade
A propósito desta lenda, diz-se, que era uma vez um lavrador que em dia de Santo António, teimava em lavrar um seu campo, indiferente a esse mesmo dia de santificada guarda. Os animais escolhidos para puxarem à grade era um par de toiros, bonitos como o sol. Mas estes recusavam-se a executar o trabalho. E vai daí o lavrador, fora de si , numa praga incontida , gritou que o diabo os levasse.
Ora o diabo que andava perto levou o lavrador, a grade e os toiros, fundindo tudo em oiro maciço no penedo que ergue acima do leito do rio. Daí o nome de Penedo da Grade, daquela grade que alguns já têm tentado desencantar, e afirmam terem visto em recâmaras horríveis que existem no fundo do mesmo penedo. A sua guarda está confiada ao diabo, a quem será preciso iludir em manhã de S. João. Já meteram fogo ao penedo, mas ele resistiu.
Também se conta esta lenda de outro modo.
Andava uma bonita moira a lavrar o campo com a sua grade de oiro puxada por dois belos novilhos, quando sentiu a aproximação dos cavaleiros cristãos que visavam aprisioná-la. Na fuga, precipitou-se sobre um penedo próximo que a recolhera no seu interior com os toiros e a grade, onde há séculos aguarda quem a vá desencantar.
A propósito desta lenda, diz-se, que era uma vez um lavrador que em dia de Santo António, teimava em lavrar um seu campo, indiferente a esse mesmo dia de santificada guarda. Os animais escolhidos para puxarem à grade era um par de toiros, bonitos como o sol. Mas estes recusavam-se a executar o trabalho. E vai daí o lavrador, fora de si , numa praga incontida , gritou que o diabo os levasse.
Ora o diabo que andava perto levou o lavrador, a grade e os toiros, fundindo tudo em oiro maciço no penedo que ergue acima do leito do rio. Daí o nome de Penedo da Grade, daquela grade que alguns já têm tentado desencantar, e afirmam terem visto em recâmaras horríveis que existem no fundo do mesmo penedo. A sua guarda está confiada ao diabo, a quem será preciso iludir em manhã de S. João. Já meteram fogo ao penedo, mas ele resistiu.
Também se conta esta lenda de outro modo.
Andava uma bonita moira a lavrar o campo com a sua grade de oiro puxada por dois belos novilhos, quando sentiu a aproximação dos cavaleiros cristãos que visavam aprisioná-la. Na fuga, precipitou-se sobre um penedo próximo que a recolhera no seu interior com os toiros e a grade, onde há séculos aguarda quem a vá desencantar.
6.12.08
Lenda da ponte de Riba de Ave.
Certo dia, o fidalgo António Vaz Vieira, da ilustre Casa do Toural (Guimarães), que tinha a sua amada num dos nobres solares que se erguiam lá para os lados de Landim,a quem resolvera visitar, atirou-se ao Rio Ave , a nado, indiferente à enorme cheia que galopava as margens .Tal imprudência deu origem a que fosse envolvido pela força da corrente, fazendo perigar a sua própria vida. Exausto e milagrosamente atirado pelo turbilhão das águas, naquele mesmo momento, determinara mandar ali construir uma ponte.
A confirmar a história desta lenda, lá está a inscrição feita a cinzel no sopé do cruzeiro que forma o conjunto devocional das Alminhas da Ponte, na qual se regista o nome daquele fidalgo Vaz Vieira.
Certo dia, o fidalgo António Vaz Vieira, da ilustre Casa do Toural (Guimarães), que tinha a sua amada num dos nobres solares que se erguiam lá para os lados de Landim,a quem resolvera visitar, atirou-se ao Rio Ave , a nado, indiferente à enorme cheia que galopava as margens .Tal imprudência deu origem a que fosse envolvido pela força da corrente, fazendo perigar a sua própria vida. Exausto e milagrosamente atirado pelo turbilhão das águas, naquele mesmo momento, determinara mandar ali construir uma ponte.
A confirmar a história desta lenda, lá está a inscrição feita a cinzel no sopé do cruzeiro que forma o conjunto devocional das Alminhas da Ponte, na qual se regista o nome daquele fidalgo Vaz Vieira.
3.12.08
A nossa terra
Vestígios do passado local
O filme que vi sobre Riba de Ave, mostrou-me como era a minha terra, há alguns anos atrás e como viviam os nossos antepassados.
Este, foi feito pela minha professora Maria do Carmo.
No filme, vi um cruzeiro que está situado em frente à ponte. Tem gravado o nome da pessoa que o mandou construir e está ligado à lenda da ponte.
Observei uma igreja antiga, construída pelos romanos. Junto à igreja, existiam túmulos feitos de pedra e com inscrições. Estes eram utilizados para colocar as pessoas que morriam e até tinham a forma do corpo das pessoas.
Vi uma ponte romana. Esta ponte era muito importante para a época, uma vez que facilitava o transporte das pessoas, dos animais e das mercadorias.
Também vi alguns instrumentos da época, ligados à actividade têxtil, como a roca e o fuso que serviam para fiar o linho, e o tear manual que servia para tecer o linho.
Pude ver um moinho de água, que servia para os moleiros moerem o milho, que depois de transformado em farinha, seria para fazer o pão. O pão, era um alimento muito importante na época e consumido por todas as pessoas.
O que mais gostei de ver, foi o moinho de água. Ao ver estas imagens, percebi melhor, como eram os moinhos, qual a sua utilidade, e que eram construídos junto dos rios, pois eram movidos pela força da água.
Sara
O filme que vi sobre Riba de Ave, mostrou-me como era a minha terra, há alguns anos atrás e como viviam os nossos antepassados.
Este, foi feito pela minha professora Maria do Carmo.
No filme, vi um cruzeiro que está situado em frente à ponte. Tem gravado o nome da pessoa que o mandou construir e está ligado à lenda da ponte.
Observei uma igreja antiga, construída pelos romanos. Junto à igreja, existiam túmulos feitos de pedra e com inscrições. Estes eram utilizados para colocar as pessoas que morriam e até tinham a forma do corpo das pessoas.
Vi uma ponte romana. Esta ponte era muito importante para a época, uma vez que facilitava o transporte das pessoas, dos animais e das mercadorias.
Também vi alguns instrumentos da época, ligados à actividade têxtil, como a roca e o fuso que serviam para fiar o linho, e o tear manual que servia para tecer o linho.
Pude ver um moinho de água, que servia para os moleiros moerem o milho, que depois de transformado em farinha, seria para fazer o pão. O pão, era um alimento muito importante na época e consumido por todas as pessoas.
O que mais gostei de ver, foi o moinho de água. Ao ver estas imagens, percebi melhor, como eram os moinhos, qual a sua utilidade, e que eram construídos junto dos rios, pois eram movidos pela força da água.
Sara
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