15.12.08

Lendas da nossa terra

Lendas da nossa terra

Já pouco se fala de lendas nos nossos dias, caíram no esquecimento. A realidade de um quotidiano stressado e materializado pela vida moderna, não deixa lugar para a mística, para o sonho. As lendas são uma herança de beleza que nos ficou do passado e que sendo verdadeiras ou falsas, nos transportam para um mundo de sonho,libertando a nossa imaginação e criatividade.



Lenda do Rio Ave

Diz-se que certo dia, chegou à Serra da Agra uma moça vinda dos lados de Espanha. Desenvolta, jovem e bonita chegou à fronteira, que praticamente não existia, deixou-se ficar com o seu rebanho de cabras, na bela paisagem que a encantava.
Diz a lenda que um cavaleiro muito elegante, numa manhã de Sol quando caçava com outros caçadores pelas redondezas ficou como que maravilhado diante da moça pastora. Cumprimentou-a ternamente:
- Bom dia, linda Cabreira… Tens a luz do Sol no teu olhar.
Ela sorriu, envergonhada e respondeu com voz trémula:
- É dos vossos olhos, Senhor… Eu não valho o vosso cumprimento…
Então o cavalheiro faz sinal aos seus companheiros para se afastarem e desmontou devagar do cavalo, com um sorriso de promessas:
- Ouve, linda Cabreira… por ti, e só por ti, vou abandonar a caça e ficar neste local… para te adorar!
Assim começou mais um romance de Amor, que durou horas, dias, talvez semanas…Cavaleiro e Donzela trocaram as suas juras, como se só eles existissem no Mundo ali os dois sozinhos, recolhidos num recanto paradisíaco da Serra da Agra.
Mas tudo tem um fim, diz o Povo e a Verdade. Em certo momento o Cavaleiro lembrou-se que tinha de partir.
Obrigações importantes esperavam-no decerto:
- Escuta minha bem amada…
Eu vou, mas voltarei o mais rapidamente possível. Já não posso viver sem ti.
Triste, suspirando, ela apenas confessou:
-Nem sequer sei quem sois… Como vos chamais…
Ele riu, dominador e feliz.
-Pouco importa… Sou o Homem que tu amas e te ama…
Mas se queres saber mais, digo-te que sou o Conde de uma vila próxima que virei buscar-te em breve para o meu palácio. Espera por mim!
-Esperarei até ao fim da minha vida.
E esperou, na verdade, até se secar quase morta de fome e de cansaço e de frio (e de desilusão, também)!
- Preciso de o encontrar, de o encontrar de novo… nem que para isso tenha de ser ave e voar…
E chorou. Chorou tanto, tanto, que o caudal das suas lágrimas se transformou depois num rio e esse rio foi banhar a Terra daquele que a abandonou: “Vila do Conde”.
E o bom Povo quis perpetuar para sempre, com toda a justiça, o amor desgostoso da moça pastora.
Por isso, deu à Serra onde ela vivera a sua grande paixão o nome de Serra da Cabreira e já que ela queria ser ave e voar passou a chamar ao rio de Vila do Conde o Rio Ave…
Lenda do Penedo da Grade


A propósito desta lenda, diz-se, que era uma vez um lavrador que em dia de Santo António, teimava em lavrar um seu campo, indiferente a esse mesmo dia de santificada guarda. Os animais escolhidos para puxarem à grade era um par de toiros, bonitos como o sol. Mas estes recusavam-se a executar o trabalho. E vai daí o lavrador, fora de si , numa praga incontida , gritou que o diabo os levasse.
Ora o diabo que andava perto levou o lavrador, a grade e os toiros, fundindo tudo em oiro maciço no penedo que ergue acima do leito do rio. Daí o nome de Penedo da Grade, daquela grade que alguns já têm tentado desencantar, e afirmam terem visto em recâmaras horríveis que existem no fundo do mesmo penedo. A sua guarda está confiada ao diabo, a quem será preciso iludir em manhã de S. João. Já meteram fogo ao penedo, mas ele resistiu.

Também se conta esta lenda de outro modo.
Andava uma bonita moira a lavrar o campo com a sua grade de oiro puxada por dois belos novilhos, quando sentiu a aproximação dos cavaleiros cristãos que visavam aprisioná-la. Na fuga, precipitou-se sobre um penedo próximo que a recolhera no seu interior com os toiros e a grade, onde há séculos aguarda quem a vá desencantar.

6.12.08

Lenda da ponte de Riba de Ave.



Certo dia, o fidalgo António Vaz Vieira, da ilustre Casa do Toural (Guimarães), que tinha a sua amada num dos nobres solares que se erguiam lá para os lados de Landim,a quem resolvera visitar, atirou-se ao Rio Ave , a nado, indiferente à enorme cheia que galopava as margens .Tal imprudência deu origem a que fosse envolvido pela força da corrente, fazendo perigar a sua própria vida. Exausto e milagrosamente atirado pelo turbilhão das águas, naquele mesmo momento, determinara mandar ali construir uma ponte.
A confirmar a história desta lenda, lá está a inscrição feita a cinzel no sopé do cruzeiro que forma o conjunto devocional das Alminhas da Ponte, na qual se regista o nome daquele fidalgo Vaz Vieira.

3.12.08

A nossa terra

Vestígios do passado local

O filme que vi sobre Riba de Ave, mostrou-me como era a minha terra, há alguns anos atrás e como viviam os nossos antepassados.
Este, foi feito pela minha professora Maria do Carmo.
No filme, vi um cruzeiro que está situado em frente à ponte. Tem gravado o nome da pessoa que o mandou construir e está ligado à lenda da ponte.
Observei uma igreja antiga, construída pelos romanos. Junto à igreja, existiam túmulos feitos de pedra e com inscrições. Estes eram utilizados para colocar as pessoas que morriam e até tinham a forma do corpo das pessoas.
Vi uma ponte romana. Esta ponte era muito importante para a época, uma vez que facilitava o transporte das pessoas, dos animais e das mercadorias.
Também vi alguns instrumentos da época, ligados à actividade têxtil, como a roca e o fuso que serviam para fiar o linho, e o tear manual que servia para tecer o linho.
Pude ver um moinho de água, que servia para os moleiros moerem o milho, que depois de transformado em farinha, seria para fazer o pão. O pão, era um alimento muito importante na época e consumido por todas as pessoas.
O que mais gostei de ver, foi o moinho de água. Ao ver estas imagens, percebi melhor, como eram os moinhos, qual a sua utilidade, e que eram construídos junto dos rios, pois eram movidos pela força da água.
Sara

23.11.08

As nossas quadras - Poesia na turma D5

Gosto muito dos meus pais
Nunca irei esquecer
Tudo o que me ensinaram
E o que ainda vou aprender.
Beatriz

Que bem que sabe acordar
E ver o dia a nascer
Preparo-me para ir estudar
E a lição aprender.
Tomás

Se eu estudar, enfermeira serei
Num hospital irei trabalhar
A profissão que quis, terei
Será a semente que eu semeei.
Bruna

A minha professora é bela
E eu gosto muito dela.
Quando chega a hora do recreio
Eu e a Bia vamos dar um passeio.
Sofia

Eu tenho uma gatinha
Redondinha e bonitinha
A comida está na lata
Onde ela põe a pata.
Francisca

Semeei limões na minha horta
Veio um pássaro esfomeado
O safado comeu-os todos
E eu fiquei zangado.
Vitor

Eu sou a castanha
Redonda, redondinha
Quando alguém me apanha
Mete-me logo à boquinha.
Miguel Ângelo

Semeei no meu quintal
Couves, nabiças e nabal
Quando os vi a nascer
Pareciam um estendal.
Diogo Fernando

O S. Martinho a chegar
E o sol a brilhar
As castanhas a assarem
E os meninos a brincarem.
João Nuno

Semeei no meu quintal
Sementes de couve-flor
Passado algum tempo
Nasceu uma flor.
José Diogo

Eu vou para a escola
Para lá trabalhar
Levo lápis e borracha
Mas também posso brincar.
João Filipe

Semeei no meu quintal
Sementes de couve-bruxelas
Nasceram duas orelhas
Com cabeça de cadelas.
Bárbara

No recreio da minha escola
Gosto de jogar e saltar
Sempre com os meus amigos
Até à hora de tocar.
Paulo Cristiano

A natureza é bonita
É bonita, de encantar
Devemos protegê-la
Para nunca se acabar.
José Paulo

Semeei no meu quintal
Sementes de girassol
Nasceu um grande burro
E estava a apanhar sol.
José Miguel

Era um caracol
Que estava sentado
Em cima duma cadeira
Com os corninhos ao sol.
Rui Pedro

Semeei no meu quintal
Sementes de rosas
Nasceram muitas delas
Lindas e bem cheirosas.
João Narciso

O meu girassol
Voltado ao sol
Fica todo amarelo
Da cor do sol.
Sara

Semeei no meu quintal
Sementes de couve-flor
Nasceram tão bonitas
Que pareciam um amor.
João Pedro

12.11.08

O Magusto da Escola









No dia de S. Martinho, fizemos o magusto da nossa escola, pois já é tradição fazê-lo neste dia.
O tempo esteve agradável e até nos lembrámos do “Verão de S.Martinho”.
Fizemos uma fogueira com caruma, deitámos as castanhas em cima da caruma e fizemos uma roda à volta da fogueira.
Enquanto as castanhas assavam, saltámos a fogueira.
As castanhas eram muitas e por isso a maioria delas foi assada na padaria.
Finalmente, comemos as castanhas. E que boas que elas eram!
Para terminar o magusto, enfarruscámos a cara e ficámos quase irreconhecíveis.
Foi uma tarde bastante divertida e bem passada.

Turma D5 3º Ano

11.11.08

S. Martinho

Pelo S. Martinho, mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as no teu vinho.
Pelo S. Martinho vai à adega e prova o vinho.
No dia de S. Martinho, come-se castanhas e bebe-se vinho.
Se queres pasmar o teu vizinho, lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
Pelo S. Martinho, se não tiveres vinho, pede ao teu vizinho.
Rojões e vinho fazem o S. Martinho.
As geadas de S. Martinho levam a carne e o vinho.
A cada bacorinho, vem seu S. Martinho.
Dia de S. Martinho, lume ,castanhas e vinho.
Quem bebe no S. Martinho, faz de velho de menino.
Depois do S. Martinho, bebe o vinho e deixa a água pró moinho.
Pelo S. Martinho ,todo o mosto é bom vinho.
Se o Inverno não erra caminho, temo-lo pelo S. Martinho.
No dia de S. Martinho, com duas castanhas se faz o magustinho.
Pelo S. Martinho atesta o teu pipinho.
Não há bacorinho sem seu S. Martinho.
Pelo S. Martinho, come-se castanha e caldo verdinho.

Turma D5 – 3º Ano

29.10.08

Teatro - Alice no País das Maravilhas

No dia 31 de Outubro, iremos ao Teatro Rivoli no Porto, para assistir à peça Alice no País das Maravilhas.
Os nossos agradecimentos à Associação de Pais.